Rinoplastia Secundária ou Revisional
Algumas vezes, pacientes que já se submeteram a uma Rinoplastia precisam refazer a cirurgia. Será o seu caso? Tire as suas dúvidas no texto preparado pela Dra. Cynthia!
Submetendo-se a uma nova Rinoplastia
Quando, por algum motivo, a Rinoplastia precisa ser refeita, ela é considerada revisional. Se for pela segunda vez, será denominada secundária; pela terceira, terciária, e assim por diante.
No Brasil, ouvimos o paciente dizer que fará um “retoque”. Por conveniência, “retoque” seria quando o mesmo cirurgião que operou esse paciente realiza a nova intervenção depois de, em consulta, ambos definirem, de comum acordo, que é a melhor conduta a ser tomada.
Principais motivos
Existem vários motivos (muitos não dependentes do médico) que podem contribuir para a realização de uma Rinoplastia secundária:
- Expectativas não realistas por parte dos pacientes e falha de comunicação em relação ao que pode ou não ser alterado.
- Pacientes com características desfavoráveis (pele muito grossa, pele fibrótica devido a cirurgias prévias/preenchimentos, pele aderida ou muito fina sobre o esqueleto nasal).
- Inabilidade de entrar em sintonia com o médico em relação às queixas, expectativas e quanto ao resultado efetivamente possível em cada caso.
- Falha no diagnóstico dos problemas funcionais já existentes ou que podem vir a surgir pela cirurgia.
- Erro de técnica.
- Trauma, mesmo que leve, após a cirurgia, na fase de cicatrização.
- Resposta imprevisível do organismo em relação à cicatrização, com produção de fibrose em excesso, ou ação das forças respiratórias sobre a nova estrutura.
- Contração irregular do tecido cicatricial, produzindo irregularidades no contorno nasal.
- Esqueletização: com o passar do tempo, a pele vai se tornando mais fina e os contornos das cartilagens ou fibroses se tornam mais visíveis.
O que pode levar a uma nova Rinoplastia
Os problemas mais comuns que levam o paciente a uma nova cirurgia são:
- Obstrução nasal por falha no reconhecimento de desvio nasal prévio à cirurgia, estreitamento da válvula nasal ou sinéquias.
- Altura do dorso inadequada: “calo ósseo” indesejado no local de remoção da giba ou abaulamento na região mais caudal, deformidade conhecida como “pollybeak’’.
- Ponta caída.
- Excesso de remoção das cartilagens, levando a um nariz pinçado ou insuficiência na válvula nasal.
- Excesso de remoção do dorso, levando a um perfil artificial, ou “nariz em sela”.
- Assimetria na ponta ou asas nasais.
- Columela retraída ou pendente.
- Colabamento do terço médio do nariz.
- Falha nas osteotomias laterais (deformidade em “teto aberto”).
- Falha das osteotomias ou desinserção das cartilagens laterais superiores, levando ao chamado “V invertido” ( imagem em V invertido quando o nariz é visualizado de frente).
- Hiperrotação da ponta (focinho porco).
Calma, é possível resolver!!
A maioria desses problemas tem solução. Mas o nariz operado anteriormente é mais complexo do que aquele que vai passar por Rinoplastia primária. Por isso, a cirurgia corretiva deve ser extremamente cuidadosa, o que resulta em um preço mais alto da Rinoplastia secundária em relação à primária.
Seja qual for o problema, é importante colocar todos os prós e contras na balança antes de se decidir por uma nova cirurgia. É sempre bom lembrar, também, que não há nariz perfeito e que a cirurgia não vai atingir a perfeição.
É fundamental para o sucesso e a satisfação do paciente a escolha de um cirurgião experiente em Rinoplastia secundária, que seja capaz de apontar honestamente as vantagens e desvantagens de uma nova cirurgia e que tenha as qualificações necessárias para realização de tal procedimento.
Quanto tempo esperar para fazer a nova cirurgia
Em geral, esperamos de 12 a 18 meses (ou mais) para que toda a inflamação cirúrgica tenha se resolvido e não haja efeitos adversos à cirurgia revisional. Por vezes, lidar com os efeitos emocionais de uma Rinoplastia que falhou por esse período de tempo pode ser penoso para o paciente.
Um cirurgião competente vai procurar evitar respostas teciduais adversas com técnica cirúrgica segura e avaliar cada caso para definir a melhor época para a nova intervenção.
Em casos específicos de comprometimento grave da respiração ou deformidade que sabidamente não se modificará com o passar do tempo, a Rinoplastia revisional poderá ser feita antes desse período.
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