Enxertos em Rinoplastia
Em alguns casos, a Rinoplastia exige o uso de enxertos para que o nariz fique mais harmonioso. Confira abaixo as explicações da Dra. Cynthia e fique tranquilo!
O que é um enxerto?
Enxerto é um tecido vivo, normalmente na forma de cartilagem, retirado a partir do próprio corpo do paciente e, em seguida, utilizado para substituir tecidos em falta ou danificados. Mesmo pacientes que procuram um nariz menor podem precisar de enxertia.
Dependendo da extensão de dano no tecido nasal, preferências do cirurgião e a disposição do paciente para autorizar a retirada do enxerto, enxertos de cartilagem podem ser obtidos a partir de um ou mais locais. Cada fonte gera cartilagem de forma e tamanho diferentes e a utilização de materiais de enxerto varia amplamente de paciente para paciente. Podemos utilizar:
a) Septo nasal (septo) – cartilagem septal
O septo é composto de cartilagem septal na porção anterior e ambos os lados estão cobertos por membranas mucosas. Embora o perímetro exterior da cartilagem do septo deva ser preservado de modo a apoiar o nariz externo, a cartilagem restante pode ser removida com segurança para obter material de enxerto para a reconstrução nasal.
Para a retirada do enxerto do septo, as membranas mucosas são preservadas para evitar a formação de um furo no septo, defeito conhecido como perfuração septal.
A cartilagem septal é a principal fonte de enxerto para o nariz e traz vantagens como a praticidade, a possibilidade de ajustes e a resistência à reabsorção, à deformação e à infecção. A desvantagem é a oferta limitada de tecido disponível. Infelizmente, os pacientes com desvio de septo grave, uma história de septoplastia anterior ou cartilagem do septo previamente danificada ou muito fina podem não ter o suficiente para reconstruir um nariz muito danificado.
b) Orelha (conchal) – cartilagem auricular
A porção em forma de concha da orelha externa, que se encontra logo atrás do canal auditivo, é chamada de concha auricular. Quando necessário, essa cartilagem pode ser removida com uma pequena incisão, sem afetar a forma da orelha. No entanto, ao contrário da cartilagem do septo, que é plana, fina e flexível, a cartilagem da orelha é propensa a rachaduras, devendo permanecer com a camada que a reveste, chamada pericôndrio.
Embora a cartilagem da orelha seja também resistente à infecção, deformação e reabsorção, a sua forma e espessura não possibilitam enxertos firmes para suporte (poste columelar ou “strut columelar”),mas sim enxertos para substituição das alares (as chamadas “asa de gaivota”), contorno nasal ou reparo de insuficiência na válvula nasal (“asa de borboleta”).
c) Cartilagem costal
Ao contrário da cartilagem do septo, a cartilagem da costela está disponível em quantidades adequadas e é ótima para aumento do dorso em “nariz em sela”. Mas a remoção de cartilagem da costela é mais demorada e tem um pós-operatório doloroso. Embora a lesão pulmonar seja extremamente rara, uma cicatriz da parede torácica de cerca de 3 cm a 4 cm de comprimento é necessária para a exposição adequada, e a dor pode persistir por dias ou semanas após a cirurgia.
Essa cartilagem exige técnica diferente, pois pode se deformar com o tempo, além de ser mais suscetível à infecção. Esses problemas, porém, podem ser eficazmente tratados. Assim, apesar de ser geralmente considerado como o tratamento de último recurso, o uso da cartilagem da costela é um componente indispensável ao conjunto de soluções do cirurgião.
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